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International Advisory Committee (IAC)

O IAC é o principal órgão que assessora a UNESCO sobre o Programa. É formado por 14 membros, designados pelo Diretor-Geral da UNESCO, escolhidos, a título pessoal, por sua competência no âmbito da proteção do patrimônio documental. Reúnem-se, em sessão ordinária convidada pela Direção Geral da UNESCO, a cada dois anos.

Para organizar seu trabalho, o IAC estabelece ,e modifica seu regulamento interno e dispõe de organismos de apoio ou subcomitês. os presidentes dos subcomitês assistem, normalmente, as reuniões do IAC em função de suas atribuições.

Concretamente o IAC supervisiona a política e a estratégia do Programa Memória do Mundo. Assim, acompanha o progresso geral do Programa, examina os relatórios dos subcomitês, dos comitês regionais e da Secretaria e também assessora esses órgãos quanto a suas funções e suas responsabilidades. Se necessário, revisa e atualiza as Diretrizes da Memória do Mundo e aprova as inscrições ou supressões do Registro Internacional da Memória do Mundo.

O IAC também cria as estruturas do Programa por meio de seus órgãos de apoio, a saber:

  • A Direção, formada por um presidente, três vice-presidentes e um relator. Sua principal função é, no intervalo das reuniões do IAC, dar continuidade ao Programa e tomar, junto com a Secretaria, as decisões táticas necessárias, além de rever o uso do logotipo de Memória do Mundo e coordenação, quando necessário, as relações com os comitês regionais e nacionais.
  • O Subcomitê de Tecnologia tem como principal função elaborar, revisar regularmente e difundir avaliações, diretrizes e normas quanto à preservação e digitalização para acesso.
  • O Subcomitê de Marketing estabelece estratégias para sensibilização e captação de recursos financeiros para projetos específicos e para o Programa, além de definir e revisar as diretrizes para uso do logotipo da Memória do Mundo.
  • O Subcomitê de Registro, em coordenação com a Secretaria, supervisiona as candidaturas recebidas e as analisa, oferecendo sues pareceres ao IAC. É composto por um presidente e membros nomeados por seu reconhecido conhecimento, além de representantes de organismos internacionais na área de em termos de patrimônio documental, como o Conselho Internacional de Arquivos, a IFLA etc.
  • O Subcomitê de Educação e Pesquisa elabora estratégias e conceitos para insitutcionalziar a educação e pesquisa em Memória do Mundo, seus registros (internacional, regionais e nacionais) e o patrimônio documental mundial de forma sustentável, tanto em escolas básicas como universidades.
  • A Secretaria assume todo o trabalho de apoio ao IAC e demais órgãos auxiliares, bem como a administração e supervisão gerais do Programa. Integram a Secretaria:

 

Boyan Radoykov
Chief of Section, Section for Universal Access and Preservation (KSD/UAP), Communication and Information Sector (CI)
Knowledge Societies Division
UNESCO
7 place de Fontenoy
e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Maria Liouliou
Assistant Programme Specialist
Communication and Information Sector (CI)
UNESCO
7 place de Fontenoy
e-mail: m.liouliou(at)unesco.org

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Apresentação

O Programa Memória do Mundo da UNESCO – MoW, – promove a preservação e acesso ao patrimônio documental (arquivístico e bibliográfico) da humanidade.

O primeiro objetivo do programa é garantir a preservação, pelos meios mais adequados, do patrimônio documental que tem um significado mundial e incentivar a preservação do patrimônio documental de importância nacional e regional. Pretende também aumentar a conscientização nos Estados-Membros da UNESCO quanto a seu patrimônio documental, especialmente aspectos dessa herança que são significativos em termos de uma memória global comum.

O Programa procura desenvolver produtos com base em acervos desse patrimônio documental e torná-los disponíveis para ampla distribuição, garantindo que os originais sejam mantidos nas melhores condições possíveis de conservação e segurança.

Antecedentes

Memória do Mundo é a memória coletiva e documentada dos povos do mundo – seu patrimônio documental - que, por sua vez, representa a maior parte do patrimônio cultural mundial. Traça a evolução do pensamento, de descobertas e conquistas da sociedade humana. É o legado do passado para o presente e futuro da comunidade global.

A memória do mundo está em grande parte em bibliotecas, arquivos, museus em todo o mundo, e uma alta porcentagem desse acervo está, hoje, em perigo. O patrimônio documental de muitos povos foi dispersado devido a deslocamentos acidentais ou deliberados de acervos e coleções, a guerras ou outras circunstâncias históricas. Algumas vezes, há obstáculos práticos e políticos que impedem o acesso a ele, e em outros casos se encontra ameaçado de deterioração ou destruição. Os pedidos de repatriação de patrimônio têm de tomar em consideração a situação conjuntural, além da justiça.

Os perigos são múltiplos. Ao ser composto principalmente de materiais naturais, sintéticos ou orgânicos sujeitos à instabilidade e à decomposição química, o patrimônio documental está constantemente exposto a desastres naturais, como inundações e incêndios; a desastres provocados pelo homem, como a pilhagem, acidentes ou guerras, e à deterioração gradual que pode ser devido à ignorância ou à negligência que levam a que não se lhe dê cuidados básicos, armazenagem ou a devida proteção. No caso de materiais audiovisuais e eletrônicos, a perda resulta também da obsolescência técnica, freqüentemente ocasionada por imperativos comerciais, sem se oferecer, por outro lado, materiais ou tecnologias mais estáveis para fins de preservação.

A crescente tomada de consciência dos riscos sofridos pelo patrimônio documental mundial exige que se lhes dê solução urgente. Já se perdeu muitos acervos e grande parte do patrimônio que resta só receberá cuidados de  preservação adequados no último momento, se isso ocorrer. A capacidade e instalações necessárias para ações nesse sentido são desigualmente distribuídas no mundo.

O programa Memória do Mundo foi criado partir da preocupação de Frederico Mayor Zaragoza que, como Diretor-Geral da UNESCO, viu os efeitos da destruição da Biblioteca de Sarajevo, em 1992, durante a Guerra da Bósnia - a destruição de cerca de dois milhões de livros, periódicos e documentos, muitos deles raros ou únicos, configurando uma perda de valor incalculável. A percepção de que a maior parte da memória dos povos está contida em documentos bibliográficos e arquivísticos fisicamente frágeis e em constante risco por desastres naturais, guarda inadequada, roubos e guerras exigia respostas que assegurassem a identificação desses acervos, sua preservação e acesso público.

Memória do Mundo reconhece o patrimônio documental de importância internacional, regional e nacional; inscreve-o em um registro e concede uma logomarca para identificá-lo. Facilita também sua preservação e acesso sem discriminação. Além disso, organiza campanhas de sensibilização sobre o patrimônio documental, alertando as autoridades, os cidadãos e os setores empresariais quanto às necessidades de  preservação e também captando recursos para essas ações.

O Programa é um projeto verdadeiramente internacional, com uma secretariado central, comitês internacional, regionais e nacionais, além de parcerias com  setores governamentais, profissionais e empresariais, o que lhe permite manter uma perspectiva global que abrange todos os países e povos, cujos esforços serão necessários para assegurar que a memória seja preservada sem distorções ou perdas.

Objetivos

O Programa Memória do Mundo tem três objetivos principais:

a) facilitar a preservação do patrimônio documental mundial por meio das técnicas mais adequadas, o que pode ser feito por uma assistência prática direta, difundindo diretrizes e informação, incentivando a formação de pessoal especializado ou associando patrocinadores a projetos oportunos e apropriados;

b) proporcionar o acesso universal ao patrimônio documental, por meio da produção de cópias digitalizadas e catálogos pesquisáveis online, publicação e distribuição de livros, CDs, DVDs e outros produtos o mais ampla e equitativamente possível. Sempre que o acesso tenha implicações para os custodiadores do patrimônio, isso é levado em conta, e restrições legais e de outros tipos em matéria de acesso aos arquivos são reconhecidas, bem como sensibilidades culturais – por exemplo, o fato de comunidades indígenas preservarem e controlarem o acesso a seu patrimônio. São também respeitados os direitos de propriedade, garantidos por lei;

c) criar em todo o mundo a consciência da existência e importância do patrimônio documental, para o que se recorre, embora não exclusivamente, ao aumento do número de registros como Memória do Mundo, e a instrumentos e publicações de promoção e informação. Preservação e acesso não só são complementares, mas também contribuem para a conscientização, já que a demanda de acesso estimula o trabalho de preservação. A produção de cópias de acesso é estimulada, de modo a ser evitada a manipulação de documentos que devem ser preservados.

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